quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sutil


Sutil

Saiba antes de tudo te amei,
E doei-me quase dois terços.
Pés com pés e mão na razão
Marcas de amor cravadas em pele

Um quê de diamante bruto
Esperando ser lapidado
Calmo, quieto, inerte
Esperando, esperando esperando...

Fui carregado por torrentes
Não me lembro nomes ou cursos
Apenas me lembro que cheguei
E me senti completo em teu luar

Toda a sua luz me guiou nas trevas
E todo o seu carinho me acolheu no frio
Assim, sem mais nem menos, sem ao menos saber
Suave como uma brisa fez uma morada em mim...

Razão de Existência


Razão de Existência

Sou um pequeno grão de areia
Se comparado ao que penso
E nesta praia não mando
Fico ali, estático inoperante
Esperando o vento ou a água
Para ser levado a algum lugar
Mais profundo do existir

Assim, descobri ilhas
Que não estão em nenhum mapa
E via beleza do mundo com outros olhos
Porém, continuo um grão de areia
E tenho mais que o universo a desvendar

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Estalo


Estalo

Guarde estes versos como um templo
Não para adorar como faziam os gregos
E nem para orar como os sacerdotes
Mas sim para lembrar que há o abstrato
Para lavar a alma com a água da chuva
Purificando ainda mais seus pontos áureos

Arquiteto as palavras com cuidado
Tijolo por tijolo dando continuidade
Para que o acabamento seja feito em sua vida
E desta maneira, se não se encontrar
Ao menos dar-lhe um Norte
(Já que a vida é sem bússola)

Pavimento a semântica da rodovia poética
Para ser chão, atrito e conforto
Impulsionando assim as outras mentes
A buscarem seus próprios caminhos
E ponta a ponto nascer em poesias...
 
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