quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Eterna


Eterna

Ainda sinto o seu perfume em minha roupa,
Como se ainda não tivesse partido,
Quando se foi suave à alma solta,
Deixou um sentimento seu comigo.

Guardo em minha velha estante a lembrança,
Porque o tempo ainda não desfez o grão de areia,
E a água vem, volta, e desmancha,
O sangue puro que correu em nossas veias...

Se entre rochas e navios o amor afunda,
De que me valem os braços feitos pra remar?
Se cada lágrima dos olhos seus me inunda,
De que me vale o esforço feito ao te alcançar?

Sonhos vêm e são desfeitos com o tempo,
Vidas vêm e são desfeitas com a areia,
Enquanto o amor repousa em próprio leito,
Resta a mim esperar te ver na lua cheia.

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