quinta-feira, 24 de junho de 2010

Até Logo


Até logo

Por que o que era pra ser não foi?
E então amores seguem estradas distintas,
O que era suposto pra ser dois,
Hoje é só um número ímpar.

Talvez uma imprudência do tempo,
Ou só agonia do destino,
Ocorreu lento o rompimento,
Deixando apenas dois peregrinos.

E se alguém perguntar se te amo,
Minha resposta é sempre sim,
Pois, ao olhar tudo o que passamos,

Há certeza de que não houve fim,
Não sabemos de certo os planos,
Do futuro pra você e pra mim...

Seu Olhar


Seu Olhar

Se eu não fosse seu e você não fosse minha,
Talvez a felicidade demorasse a vir a nós,
Encontre-me por aí a cantar sem voz,
O amor que escrevo em cada linha.

Inimaginável, eu sem você e você sem mim,
Sua canção vai soar em cada esquina,
Com a melodia que encanta e fascina,
E o desejo que nunca tem fim.

O seu olhar me esclarece o mundo,
E abre aos céus novos horizontes,
Quanto mais fito, mais me aprofundo,

E para onde quer que seu olhar aponte,
Sinto-me imerso no mesmo segundo,
Sem me importar se perto ou se longe.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Imensidão


Imensidão

Entre poesias não terminadas e intermináveis,
Encontro-me sempre a pensar em você.
Nem mesmo as notas inalcançáveis,
São capazes de o meu canto conter.

Em você encontro a minha alma,
Não a gêmea, mas aquela na qual confio,
E que agora e sempre me acalma,
Quando sob os agitos do rio.

Como um pescador me preparo,
Pra capturar todo o seu amor,
Que é verdadeiro e raro.

Tão belo quanto uma flor,
É este amor que me deparo,
Em qualquer lugar que vou.


terça-feira, 8 de junho de 2010

Obrigado


Obrigado

Obrigado, por me aturar todos os anos,
Por me deixar saber dos seus planos,
Por me dar mais confiança,
Por me dar mais esperança...

Obrigado, por sorrir sem motivo,
Por mostrar como é bom estar vivo,
Por me contar os seus dias,
Sonhos, tristezas e alegrias...

Obrigado, por compartilhar momentos,
Seja na chuva ou no vento,
No sol ou na tempestade,
Por atiçar minhas saudades...

Obrigado, enfim, pelo amor,
Pelo tato e pelo sabor,
Que me deu em vida e luto,
E que faz colher esse fruto,

Fruto da nossa união

Lapso


Lapso

Para o tempo
Para a palavra
Para tudo

Para a vida
Para o vento
Para o mundo

Para o eixo
Para a linha
E a gravidade

Para o carro
Para o trem
Para a cidade

Para você
No reencontro
Há um beijo guardado

E a sensação
Que a reunião
Deixa o mundo parado

sábado, 5 de junho de 2010

Presença


Presença

Fechei os meus olhos e enxerguei você,
Abri os meus olhos e desapareceu,
Melhor ficar cego para poder te ver,
Do que poder ver e enxergar só o breu.

No escuro sua voz acalanta o meu sono,
Em sonhos sua voz me desperta ao acaso,
Os seus lábios a mim transmitem o outono,
E o seu calor perpetua a longo prazo.

O perfume que exala a primavera,
É o mesmo que emana do seu corpo,
E que ao meu olfato pincela.

Sua pele leva ao conforto,
Que nenhum segredo revela,
E me devora pouco a pouco.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Poema


Poema

Se você se deita e fecha os olhos,
O tempo para e admira cada pulso,
Cada lento movimento em seus olhos,
Faz com que a correnteza mova o curso.

Se você se levanta e dá suspiros,
O dia acorda pra poder te ver,
À noite a lua fortalece o brilho,
E o mundo gira em torno de você.

Você drena todo o oceano meu,
E deságua em versos tolos que crio,
Enquanto luto para te alcançar,
Você se afasta mais do meu navio,

Enfrento chuvas e trovões,
Para ancorar em sua ilha,
Que entre pedras e vulcões,
O meu coração resfria.

E se no encontro dessas almas,
Que sozinhas vagam em meio à multidão,
Vem a brisa livre e calma,
A favor da nossa união,

Sei que não haverá tempo perdido,
Se estivermos dispostos a lutar,
E viveremos nesse abrigo,
Debaixo das ondas do mar.

 
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