sexta-feira, 28 de maio de 2010

De Corpo e Alma


De Corpo e Alma

Com meu lábio junto ao seu,
Senti o meu corpo ferver.
E de repente apareceu,
Um calor de derreter.

Congelado pelo sabor,
Estático, sem reação,
Sem saber se era amor,
Sentindo palpitar o coração.

Boca na boca, mão na cintura,
Pele na pele, forte paixão,
Apesar de intensa, pura candura,

Sei não ser uma ilusão,
Pois a sensação continua,
E sinto o beijo com a carnal sensação.

By Lufe

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mão Dupla


Mão Dupla

O meu amar é verbo bitransitivo,
Ora pede complemento, ora não,
Ora pega a caneta e escreve um livro,
Ora se arrepende pedindo perdão.

Não que tenha feito algo errado,
Apenas é parte de sua natureza,
Entre tantos sujeitos e predicados,
É preciso um pouco de destreza.

Considero o meu amar uma avenida,
Onde paixões circulam num vai e vem,
Passam rápidas as paixões da vida,

Passa lento o tempo pra esquecer alguém,
A hora voa quando esquecida,
E o tempo para quando vai além.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dois


Dois

Somos somente nós dois, corpo e alma,
Vida e oxigênio, amor e união, voz e violão.
Somos somente nós dois, manhã e noite,
Lua e sol, mar e oceano, sentimento e lembrança.

Somos somente nós dois, ação e reação,
Música e espírito, palavras e poemas, imagens e retratos.
Somos somente nós dois, crença e religião,
Arte e história, vitória e batalha, aventura e meditação.

Somos somente nós dois, tempo e momento,
Minutos e segundos, dor e prazer, risos e sorrisos.
Somos somente nós dois, céu e ar,
Vento e brisa, água e sede, luz e sombra.

E quando um encontra mais um, forma-se o par,
A unificação entre duas partículas sós e solitárias,
E quando ocorre a fusão, forma-se o sólido,
Sólido e concreto amor.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Meu Crime


Meu Crime

Meu crime, inconfessável desejo,
Deposto na boca que beijo,
Faz-me réu perante o tribunal do amor,
Condenado ao doce exílio em seus lábios,
Prisão perpétua em seu perfume de flor,
Detenção em seus cabelos mágicos.

É uma paixão sem antecedentes,
Que aconteceu assim inocente,
Transformando-se em crime passional,
Doloso ou culposo, ou talvez os dois,
Sem Habeas Corpus, sem condicional,
Sem vestígios e sem conclusões,

O meu crime é o amor que prendi pra você...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Reciclagem


Reciclagem

Eu não sei se é só mania minha,
Mas frente a frente a você não uso falar.
Palavras ecoam, ecoam na mente,
Tento apanhá-las e quando as pego,
Sinto que não valem nada.
São insignificantes em relação ao tempo,
Ou ao gesto de um abraço tenro,
Ou a doce melodia da sua voz.
Tenho em mãos dicionários e livros,
E nenhum traduz a sensação,
Que levemente plana ao nosso redor,
É uma sensação antiga que não envelhece,
Como as ondas do mar,
Quando saem à procura de inspiração,
E vêm até a praia,
Porém se não a encontram,
Retornam ao lar e recomeçam.
E é assim que me sinto a sua frente,
Um recomeço de vida a cada dia,
Uma eterna busca por inspiração,
E me inspiro a cada minuto ao seu lado.



 
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