terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Dúvida


Dúvida

Não sabia da vida distinta
Diante dos olhos meus
Que possui você em cada pinta
Ao longo do corpo seu

Envolto em seu mar de perfume
E no seu campo florido de maciez
E no doce sabor do seu ciúme
E na melodia vibrante da sua tez

Seria você minha exótica musa
Cantarolando cantigas de ninar
Em cada sonho que tenho?

Ou seria minha mente confusa
Que de tanto o seu corpo deslumbrar
Esforçou-se com tamanho empenho?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Dualidade


Dualidade

Cansei do amor
Não quero mais noites em claro
Indagando no escuro
A leve sofreguidão das tormentas
Pesados pesadelos pensantes
E eu em meio ao nada
Apenas espero o dia sem amor
Quero me desvincular do sentimento
Mergulhar nas profundezas do esquecimento
Esqueça-me! Não volto!!!
Posso não estar feliz aqui
Mas ao menos não estou triste
E a tristeza me fez cansar do amor
Por isso estou aqui...
As dores físicas são prazerosas
As psicológicas não
Enquanto uma nos faz sentir mais vivos
A outra nos faz morrer
E eu já morri, por isso não amo mais
Mas ainda que eu fuja do amor
O amor não foge de mim
Pois é um sentimento nobre
Que simplesmente não escolhe
Ele simplesmente está em todos
E por mais que eu tente cansar
Devo admitir
Todo o esforço é em vão
E mesmo cansado não consigo evitar...

sábado, 27 de novembro de 2010

Ciclo


Ciclo

Um pingo, dois pingos, três pingos...

Passa a vida, passa o tempo
Alguém nasce, esperança
Alguém se vai, receio...

Não é uma luta comum a nós
Mas comum ao mundo
Beija-se a lona e se levanta

Aprende-se com os erros
E os acertos apenas se afirmam
Passam-se assim os dias

Um pingo, dois pingos, três pingos...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Um Saber Poético


Um Saber Poético

Não escrevo mais com paixão
Deixo o ciclo fluir na alma em compaixão
Pois assim exige um nada
De tudo um pouco.
Porque o verso que é verso
Não versa sobretudo, nada

Hoje não sou mais
Ao mesmo tempo, não menos
Penso em problemas e logo
A confusão se instala
Mas há uma voz coerente
Rouca, muda, sussurrada
Quase um grito!!!

E me vem esse furor
Esta vontade de escrever
Descrever o meu estado
Mas ainda sem paixão...

E a voz está aqui em algum lugar
Querendo ser escutada
Não ouço sequer uma palavra
Coração, será que se foi?
Não posso deixá-lo sem bater
E a cabeça sem pensar
E o corpo ficando parado.

Medito, penso, vazio
Vazio, medito, cresço
Não fisicamente, mas espiritualmentamente
E aqui sou gigante
Achei o meu cenário
Mas continuo sem paixão...

Cadê a veia poética?
Anda perdida, sem rumo?
Sempre em conflito me encontro
Nunca em guerra
Procurando paz
E assim talvez, a paixão...

Mas continua obscuro
E eu não me encontro certo,
Coerente, concatenado
E quando me pergunto
"Ainda sem paixão?"
A resposta está aqui, dentro do caos!

Prescrição


Prescrição

Pensamento e assombro
Imaginações distintas
Uma define a vida
E a outra o medo do abismo

No fundo é tudo enfrentamento
No raso é tudo a seu comando
E quando da transição
Para-se no meio do caminho
Para se ter uma vida estável, sem grandes agitos

Porém, ondas que carreguem
O peso da sina alada
Retêm os passos na estrada
Se tudo não passa
O nada avança
E deixa o nada de lembrança

Cuidado no caminho
É fundamental saber onde pisa
A areia pode ser sólida
Mas também movediça
Não pare um só minuto
Seja breve, porém maroto
Saiba quando usar a âncora
Para atracar navios de batalha

É a constante luta de viver
Arrisque-se e arrependa-se
É o processo natural de tudo
E um dia já em águas calmas
Lembre-se do que passou
E como tudo pode ficar em pouco tempo
Pois ao fim verá que valeu a pena
Sem arrependimentos por arrepender-se
Terá vivido então...


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Meu Mundo = Você


Meu Mundo = Você

Olhos nos seus olhos e me vejo
Transportado para memórias perdidas na infância
Onde tudo é gigante e dá medo
E o amor é só um segredo...

Os seus olhos possuem um feitiço
Capaz de me deixar estático.
Sem uma palavra a dizer
O seu olhar complementa o que penso...

Como já dito, quando menino
Tudo é gigante e dá medo
Hoje, depois de crescido
Nada mudou...

Amo demais. Desejo demais.
Tudo com a intensidade de um cometa
Como se fosse o meu último suspiro
Pois a vida é curta, e o tempo, rápido...

Abusar da felicidade
Não é ser egocêntrico
E sim, perder o medo de ser feliz
E desejar o mesmo ao mundo

E o meu mundo é você...

domingo, 14 de novembro de 2010

Pró-Letrado


Pró-Letrado

Olha o ônibus, olha o ônibus!
Passando lentamente pelas ruas da vida,
Levando sonhos e esperanças perdidas...

Mãe! Olha, olha os navios negreiros!
Navios negreiros urbanos
Que cortam sonhos no pano

Passam por vias de memórias esquecidas
Naufragando em pleno mar de asfalto
Idas e vindas, vindas e idas.

Olhos pela janela fitam o infinito
Em busca de uma solução
E assim caminha a incógnita...

Que todos sabem a resposta, porém ninguém determina

domingo, 24 de outubro de 2010

Cego Amor Surdo



Cego Amor Surdo


Ainda não achei
Não achei as palavras certas
Que proferidas a ti
Não significarão absolutamente nada

Quero dizer tudo, e me perder no infinito
Mas será possível? Se o infinito está a frente...
Não sei em que lugar me encontro,
Se estou perto ou longe do destino

Mas sei que na procura por palavras
As palavras me encontram
Mas não as encontro

Elas me vêem
Mas não as vejo
Ó, infinito e raro amor cego

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Segredo


Segredo

Linhas dispersas
São linhas da vida
Palavras conversas
Linhas sem medida

No fio fino do traço
Silhuetas e vultos
Mãos pés pernas braços
Segredos ocultos

Linhas imaginárias
Linhas de sabedoria
Funções equações horárias

Raios solares meio-dia
Linha de corte fio da navalha
E linhas são apenas linhas

sábado, 18 de setembro de 2010

otenoS


otenoS

Tudo se baseia no tempo,
Se hoje tudo passa lento,
Amanhã serão apenas lembranças,

De ontem já não me lembro,
Desde Janeiro até Dezembro,
Minha memória já não alcança.

A vida flui em ciclos e recicla,
Nossas paixões e nossos pecados,
Ao que me parece tudo indica,
Nada estar certo ou errado.

É mesmo estranho entender,
De onde viemos ou para onde vamos,
Mas única certeza que há de ser,
É a incerteza dos seres humanos...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Eterna


Eterna

Ainda sinto o seu perfume em minha roupa,
Como se ainda não tivesse partido,
Quando se foi suave à alma solta,
Deixou um sentimento seu comigo.

Guardo em minha velha estante a lembrança,
Porque o tempo ainda não desfez o grão de areia,
E a água vem, volta, e desmancha,
O sangue puro que correu em nossas veias...

Se entre rochas e navios o amor afunda,
De que me valem os braços feitos pra remar?
Se cada lágrima dos olhos seus me inunda,
De que me vale o esforço feito ao te alcançar?

Sonhos vêm e são desfeitos com o tempo,
Vidas vêm e são desfeitas com a areia,
Enquanto o amor repousa em próprio leito,
Resta a mim esperar te ver na lua cheia.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Viver


Viver

Nasce no mundo
Uma pequena semente
Nele é mergulhada fundo
Sem algum precedente

Cresce nesse mundo
A jovem semente
"Mas que lugar imundo
Será que niguém sente ?"

Morre naquele mundo
A nem tão velha semente
Mesmo em tempo moribundo
Teria sido escolha prudente?

By Lauro

terça-feira, 27 de julho de 2010

Moldura


Moldura

Da janela do meu quarto
Eu vejo a rua em movimento
Da janela do meu quarto...

Eu vejo um mundo que invento
Da janela do meu quarto
Não vejo passar o tempo...

Da janela do meu quarto
Eu vejo todos preocupados
Da janela do meu quarto

O sol nasce quadrado
Da janela do meu quarto
Não tem certo nem errado

Da janela do meu quarto
Eu vejo pássaros cantando
Da janela do meu quarto

O ar tem gosto de morango
Da janela do meu quarto
O mundo está ao meu comando...

Em Memória de...


Em Memória de...

Eu sei que você não está mais aqui,
Mas ainda sinto a sua presença,
Em cada cômodo da casa,
Em cada música que crio,
A cada vez que choro,
E a cada vez que sorrio,
É tão estranho...
Você sempre esteve presente,
E de repente não te vejo mais,
Não concretamente,
Mas ainda te sinto de forma abstrata,
É tão estranho...
Mas você ainda tem forças,
Para manter o meu desejo de vida,
A cada buraco em que caio,
Você transmite forças,
Para me puxar de volta
E então me sinto deprimido,
Por não ter feito o mesmo enquanto pude,
Por mais que tenha considerado muito,
Hoje vejo que foi pouco,
Se houvesse uma máquina do tempo,
Voltaria e mudaria cada atitude precipitada,
Mas tempo não volta e sinto isso,
Colho as minhas últimas forças,
De cada minuto que lembro você,
Sem ter dado o último adeus,
Dedico então estas mal formadas linhas a você...

terça-feira, 20 de julho de 2010

O Amor


O Amor

O amor não se compra, se constrói,
Com amizade e respeito,
O seu alicerce é feito,
E então nada o corrói.

O amor não se perde, se reprime,
Com maldizeres e mentiras,
E assim muito me admira,
Que não constitua crime.

O amor não se vai, deixa saudades,
Como lembranças de infância,
Que já não têm mais importância,
E ainda aos nossos peitos cabem.

O amor não se ama, se cultiva,
Com mãos de um jardineiro,
Precisão de um engenheiro,
Para, enfim, manter sua chama viva.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Crise


Crise

Demorei muito pra entender o que era vida,
E a cada hora pelo relógio percutida,
Sentia uma ânsia em querer viver.

Sentia em cada célula do meu corpo,
Um pouco mais de mim morto,
Sem espera para renascer.

A cada batida do meu coração,
Sentia que o esforço era em vão,
E no espelho eu falava comigo.

Frases refletidas em mim,
Conseguiram tornar-me enfim,
O meu verdadeiro inimigo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Frenesi


Frenesi

Em tua pele sinto o calor,
Que consome o corpo e preserva a alma,
Meu paladar guarda o sabor,
Da tua flora e da tua fauna.

Sussurramos ao pé do ouvido,
O ritmo da nossa respiração,
Você me segue enquanto te sigo,
Em movimentos de ardente paixão.

Este ciclo nunca se encerrou,
E não encerrará tão cedo,
Tão logo você me deixou,

Não sei dizer se por medo,
Se nenhum outro homem te amou,
Hoje podemos mudar o enredo...

domingo, 4 de julho de 2010

Água Corrente


Água Corrente

Segue o rio um curso tranquilo,
Sem perigo iminente à vista,
Mas eis que aparece o destino,
E muda o curso a uma rota imprevista,

Cascateando águas passadas,
A altura do tombo nunca foi medida,
Pois não é seguro usar uma escada,
E pegar atalhos nos degraus da vida.

E lá ao longe vem a correnteza,
Trazendo um turbilhão de incertezas,
E o pensamento que o tempo voa.

Mas as asas da imaginação,
Que não pousam na realidade chão,
Só mostram da vida, a parte boa.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Até Logo


Até logo

Por que o que era pra ser não foi?
E então amores seguem estradas distintas,
O que era suposto pra ser dois,
Hoje é só um número ímpar.

Talvez uma imprudência do tempo,
Ou só agonia do destino,
Ocorreu lento o rompimento,
Deixando apenas dois peregrinos.

E se alguém perguntar se te amo,
Minha resposta é sempre sim,
Pois, ao olhar tudo o que passamos,

Há certeza de que não houve fim,
Não sabemos de certo os planos,
Do futuro pra você e pra mim...

Seu Olhar


Seu Olhar

Se eu não fosse seu e você não fosse minha,
Talvez a felicidade demorasse a vir a nós,
Encontre-me por aí a cantar sem voz,
O amor que escrevo em cada linha.

Inimaginável, eu sem você e você sem mim,
Sua canção vai soar em cada esquina,
Com a melodia que encanta e fascina,
E o desejo que nunca tem fim.

O seu olhar me esclarece o mundo,
E abre aos céus novos horizontes,
Quanto mais fito, mais me aprofundo,

E para onde quer que seu olhar aponte,
Sinto-me imerso no mesmo segundo,
Sem me importar se perto ou se longe.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Imensidão


Imensidão

Entre poesias não terminadas e intermináveis,
Encontro-me sempre a pensar em você.
Nem mesmo as notas inalcançáveis,
São capazes de o meu canto conter.

Em você encontro a minha alma,
Não a gêmea, mas aquela na qual confio,
E que agora e sempre me acalma,
Quando sob os agitos do rio.

Como um pescador me preparo,
Pra capturar todo o seu amor,
Que é verdadeiro e raro.

Tão belo quanto uma flor,
É este amor que me deparo,
Em qualquer lugar que vou.


terça-feira, 8 de junho de 2010

Obrigado


Obrigado

Obrigado, por me aturar todos os anos,
Por me deixar saber dos seus planos,
Por me dar mais confiança,
Por me dar mais esperança...

Obrigado, por sorrir sem motivo,
Por mostrar como é bom estar vivo,
Por me contar os seus dias,
Sonhos, tristezas e alegrias...

Obrigado, por compartilhar momentos,
Seja na chuva ou no vento,
No sol ou na tempestade,
Por atiçar minhas saudades...

Obrigado, enfim, pelo amor,
Pelo tato e pelo sabor,
Que me deu em vida e luto,
E que faz colher esse fruto,

Fruto da nossa união

Lapso


Lapso

Para o tempo
Para a palavra
Para tudo

Para a vida
Para o vento
Para o mundo

Para o eixo
Para a linha
E a gravidade

Para o carro
Para o trem
Para a cidade

Para você
No reencontro
Há um beijo guardado

E a sensação
Que a reunião
Deixa o mundo parado

sábado, 5 de junho de 2010

Presença


Presença

Fechei os meus olhos e enxerguei você,
Abri os meus olhos e desapareceu,
Melhor ficar cego para poder te ver,
Do que poder ver e enxergar só o breu.

No escuro sua voz acalanta o meu sono,
Em sonhos sua voz me desperta ao acaso,
Os seus lábios a mim transmitem o outono,
E o seu calor perpetua a longo prazo.

O perfume que exala a primavera,
É o mesmo que emana do seu corpo,
E que ao meu olfato pincela.

Sua pele leva ao conforto,
Que nenhum segredo revela,
E me devora pouco a pouco.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Poema


Poema

Se você se deita e fecha os olhos,
O tempo para e admira cada pulso,
Cada lento movimento em seus olhos,
Faz com que a correnteza mova o curso.

Se você se levanta e dá suspiros,
O dia acorda pra poder te ver,
À noite a lua fortalece o brilho,
E o mundo gira em torno de você.

Você drena todo o oceano meu,
E deságua em versos tolos que crio,
Enquanto luto para te alcançar,
Você se afasta mais do meu navio,

Enfrento chuvas e trovões,
Para ancorar em sua ilha,
Que entre pedras e vulcões,
O meu coração resfria.

E se no encontro dessas almas,
Que sozinhas vagam em meio à multidão,
Vem a brisa livre e calma,
A favor da nossa união,

Sei que não haverá tempo perdido,
Se estivermos dispostos a lutar,
E viveremos nesse abrigo,
Debaixo das ondas do mar.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

De Corpo e Alma


De Corpo e Alma

Com meu lábio junto ao seu,
Senti o meu corpo ferver.
E de repente apareceu,
Um calor de derreter.

Congelado pelo sabor,
Estático, sem reação,
Sem saber se era amor,
Sentindo palpitar o coração.

Boca na boca, mão na cintura,
Pele na pele, forte paixão,
Apesar de intensa, pura candura,

Sei não ser uma ilusão,
Pois a sensação continua,
E sinto o beijo com a carnal sensação.

By Lufe

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mão Dupla


Mão Dupla

O meu amar é verbo bitransitivo,
Ora pede complemento, ora não,
Ora pega a caneta e escreve um livro,
Ora se arrepende pedindo perdão.

Não que tenha feito algo errado,
Apenas é parte de sua natureza,
Entre tantos sujeitos e predicados,
É preciso um pouco de destreza.

Considero o meu amar uma avenida,
Onde paixões circulam num vai e vem,
Passam rápidas as paixões da vida,

Passa lento o tempo pra esquecer alguém,
A hora voa quando esquecida,
E o tempo para quando vai além.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dois


Dois

Somos somente nós dois, corpo e alma,
Vida e oxigênio, amor e união, voz e violão.
Somos somente nós dois, manhã e noite,
Lua e sol, mar e oceano, sentimento e lembrança.

Somos somente nós dois, ação e reação,
Música e espírito, palavras e poemas, imagens e retratos.
Somos somente nós dois, crença e religião,
Arte e história, vitória e batalha, aventura e meditação.

Somos somente nós dois, tempo e momento,
Minutos e segundos, dor e prazer, risos e sorrisos.
Somos somente nós dois, céu e ar,
Vento e brisa, água e sede, luz e sombra.

E quando um encontra mais um, forma-se o par,
A unificação entre duas partículas sós e solitárias,
E quando ocorre a fusão, forma-se o sólido,
Sólido e concreto amor.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Meu Crime


Meu Crime

Meu crime, inconfessável desejo,
Deposto na boca que beijo,
Faz-me réu perante o tribunal do amor,
Condenado ao doce exílio em seus lábios,
Prisão perpétua em seu perfume de flor,
Detenção em seus cabelos mágicos.

É uma paixão sem antecedentes,
Que aconteceu assim inocente,
Transformando-se em crime passional,
Doloso ou culposo, ou talvez os dois,
Sem Habeas Corpus, sem condicional,
Sem vestígios e sem conclusões,

O meu crime é o amor que prendi pra você...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Reciclagem


Reciclagem

Eu não sei se é só mania minha,
Mas frente a frente a você não uso falar.
Palavras ecoam, ecoam na mente,
Tento apanhá-las e quando as pego,
Sinto que não valem nada.
São insignificantes em relação ao tempo,
Ou ao gesto de um abraço tenro,
Ou a doce melodia da sua voz.
Tenho em mãos dicionários e livros,
E nenhum traduz a sensação,
Que levemente plana ao nosso redor,
É uma sensação antiga que não envelhece,
Como as ondas do mar,
Quando saem à procura de inspiração,
E vêm até a praia,
Porém se não a encontram,
Retornam ao lar e recomeçam.
E é assim que me sinto a sua frente,
Um recomeço de vida a cada dia,
Uma eterna busca por inspiração,
E me inspiro a cada minuto ao seu lado.



quarta-feira, 14 de abril de 2010

Esperança



Esperança

Quando os meus lábios sentirem os seus,
Renascerá um amor que se perdeu,

Um hiato de longos anos.

Quantas foram as noites escuras,
Quantas luas eu aguardei,
Para que guiasse o meu caminho.

Enquanto você não vem,
Estarei esperando e guardando,
O amor que lhe reservo por anos.

Quando os meus lábios sentirem os seus,
A minha vida, a minha alma estará completa,
E repleta de felicidade,

Mas só quando os meus lábios sentirem os seus.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Por que começar um blog?

Muitos(inclusive eu) já tentaram iniciar um blog mas sem ter a mínima ideia do porquê, afinal pra que começar um blog?

A resposta nunca vem diretamente, é preciso buscar no interior da sua alma o que você acredita e defende, quais as suas aspirações, as suas críticas, os seus gostos etc, enfim tudo. Não é preciso muito para montar um blog, mas e para mantê-lo ou quem sabe até, dependendo da sua sorte, conseguir um bom número de leitores?

Bem aí a questão complica um pouco mais, de nada adianta ser um ótimo escritor e não passar consistência em seus textos, assim como ser uma pessoa bem informada e não saber como passar, eu me encaixo ora no primeiro, ora no segundo, é óbvio que há assuntos com os quais não tenho a menor afinidade, e outros com os quais, modéstia à parte, sou um verdadeiro ás(no), mas isso fica para outro dia. Por enquanto, é melhor deixar algumas partículas de textos, poesias e músicas que escrevo...
 
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