sábado, 27 de novembro de 2010

Ciclo


Ciclo

Um pingo, dois pingos, três pingos...

Passa a vida, passa o tempo
Alguém nasce, esperança
Alguém se vai, receio...

Não é uma luta comum a nós
Mas comum ao mundo
Beija-se a lona e se levanta

Aprende-se com os erros
E os acertos apenas se afirmam
Passam-se assim os dias

Um pingo, dois pingos, três pingos...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Um Saber Poético


Um Saber Poético

Não escrevo mais com paixão
Deixo o ciclo fluir na alma em compaixão
Pois assim exige um nada
De tudo um pouco.
Porque o verso que é verso
Não versa sobretudo, nada

Hoje não sou mais
Ao mesmo tempo, não menos
Penso em problemas e logo
A confusão se instala
Mas há uma voz coerente
Rouca, muda, sussurrada
Quase um grito!!!

E me vem esse furor
Esta vontade de escrever
Descrever o meu estado
Mas ainda sem paixão...

E a voz está aqui em algum lugar
Querendo ser escutada
Não ouço sequer uma palavra
Coração, será que se foi?
Não posso deixá-lo sem bater
E a cabeça sem pensar
E o corpo ficando parado.

Medito, penso, vazio
Vazio, medito, cresço
Não fisicamente, mas espiritualmentamente
E aqui sou gigante
Achei o meu cenário
Mas continuo sem paixão...

Cadê a veia poética?
Anda perdida, sem rumo?
Sempre em conflito me encontro
Nunca em guerra
Procurando paz
E assim talvez, a paixão...

Mas continua obscuro
E eu não me encontro certo,
Coerente, concatenado
E quando me pergunto
"Ainda sem paixão?"
A resposta está aqui, dentro do caos!

Prescrição


Prescrição

Pensamento e assombro
Imaginações distintas
Uma define a vida
E a outra o medo do abismo

No fundo é tudo enfrentamento
No raso é tudo a seu comando
E quando da transição
Para-se no meio do caminho
Para se ter uma vida estável, sem grandes agitos

Porém, ondas que carreguem
O peso da sina alada
Retêm os passos na estrada
Se tudo não passa
O nada avança
E deixa o nada de lembrança

Cuidado no caminho
É fundamental saber onde pisa
A areia pode ser sólida
Mas também movediça
Não pare um só minuto
Seja breve, porém maroto
Saiba quando usar a âncora
Para atracar navios de batalha

É a constante luta de viver
Arrisque-se e arrependa-se
É o processo natural de tudo
E um dia já em águas calmas
Lembre-se do que passou
E como tudo pode ficar em pouco tempo
Pois ao fim verá que valeu a pena
Sem arrependimentos por arrepender-se
Terá vivido então...


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Meu Mundo = Você


Meu Mundo = Você

Olhos nos seus olhos e me vejo
Transportado para memórias perdidas na infância
Onde tudo é gigante e dá medo
E o amor é só um segredo...

Os seus olhos possuem um feitiço
Capaz de me deixar estático.
Sem uma palavra a dizer
O seu olhar complementa o que penso...

Como já dito, quando menino
Tudo é gigante e dá medo
Hoje, depois de crescido
Nada mudou...

Amo demais. Desejo demais.
Tudo com a intensidade de um cometa
Como se fosse o meu último suspiro
Pois a vida é curta, e o tempo, rápido...

Abusar da felicidade
Não é ser egocêntrico
E sim, perder o medo de ser feliz
E desejar o mesmo ao mundo

E o meu mundo é você...

domingo, 14 de novembro de 2010

Pró-Letrado


Pró-Letrado

Olha o ônibus, olha o ônibus!
Passando lentamente pelas ruas da vida,
Levando sonhos e esperanças perdidas...

Mãe! Olha, olha os navios negreiros!
Navios negreiros urbanos
Que cortam sonhos no pano

Passam por vias de memórias esquecidas
Naufragando em pleno mar de asfalto
Idas e vindas, vindas e idas.

Olhos pela janela fitam o infinito
Em busca de uma solução
E assim caminha a incógnita...

Que todos sabem a resposta, porém ninguém determina
 
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