quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Um Saber Poético


Um Saber Poético

Não escrevo mais com paixão
Deixo o ciclo fluir na alma em compaixão
Pois assim exige um nada
De tudo um pouco.
Porque o verso que é verso
Não versa sobretudo, nada

Hoje não sou mais
Ao mesmo tempo, não menos
Penso em problemas e logo
A confusão se instala
Mas há uma voz coerente
Rouca, muda, sussurrada
Quase um grito!!!

E me vem esse furor
Esta vontade de escrever
Descrever o meu estado
Mas ainda sem paixão...

E a voz está aqui em algum lugar
Querendo ser escutada
Não ouço sequer uma palavra
Coração, será que se foi?
Não posso deixá-lo sem bater
E a cabeça sem pensar
E o corpo ficando parado.

Medito, penso, vazio
Vazio, medito, cresço
Não fisicamente, mas espiritualmentamente
E aqui sou gigante
Achei o meu cenário
Mas continuo sem paixão...

Cadê a veia poética?
Anda perdida, sem rumo?
Sempre em conflito me encontro
Nunca em guerra
Procurando paz
E assim talvez, a paixão...

Mas continua obscuro
E eu não me encontro certo,
Coerente, concatenado
E quando me pergunto
"Ainda sem paixão?"
A resposta está aqui, dentro do caos!

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