segunda-feira, 14 de março de 2011

Fração


Fração

Uma parte de mim vaga
Pelo simples ato de vagar
Devagar assim eu sigo
E não consigo chegar

Outra parte de mim corre
Por medo ou desespero do fim
Será que não sabe, a cada vez que morre,
Morre também um pedaço de mim?

Cada vez mais constante
Um pedaço de mim vai embora
Enquanto o vazio no peito chora
Sigo sorrindo pela estrada, errante...

O beija-flor deixou a rosa
O espinho se fere à deriva
O suor e o sangue em carne viva
Deixa a lágrima mais saudosa

E a lágrima da saudade corta
Como faca cega em noite de inverno
Com sangue da alma, escrevo no caderno
O que restou da minha ideia morta

Se eu ajunto cada fragmento
Talvez descubra mais um pouco de mim
Não possuo começo, meio ou fim
Mas tenho infinitos belos momentos

E todos se resumem a você no meu pensamento

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