segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Fluxo

Fluxo

Não ouço o tempo dizer nada
Entre as partes da madrugada
Ou entre as quatro paredes que assistem
O calor, a alma, a intensidade
O ritmo dos pés unidos em harmonia
Com a dissonância de enorme euforia
Envolto em seus cabelos me prendo
Ascendo e flutuo e respiro, vivo
A fumaça das narinas ofegantes
Esqueço agora, o depois e o antes
No compasso de cada minuto
O tempo exato não possuo
Me ouça, me breque, me encare, me excite, me ame
Tenha a mim com um simples olhar
A noite é uma criança e o céu se diverte
Vejamos estrelas, espetáculos findos eternos
O que importa é alcançar os céus
Não há limites quando se quer
Ainda há muito em jogo de cintura
Quadris e gingados
Ondas violentas e sutis
Uma corrida para ser feliz
A chegada se afasta quanto mais o tempo passa
E seguimos adiante
Sua cachoeira é limpa e refrescante
Me encante, não é uma ordem
É apenas vontade
Nus e cobertos de paixão
Graças a ti, suave forma de explosão
E assim deitamos nossos corpos cansados
Por mais alguns minutos infinitos...

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